Você sabe o que é comunicação não violenta?
A relação interpessoal está entre os grandes desafios de qualquer profissional, principalmente dos líderes, que precisam gerir equipes numerosas, às vezes distantes fisicamente e com características, talentos e propósitos diversos.
Uma comunicação clara e empática proporciona conexão genuína entre as pessoas, abrindo espaço para o diálogo e a negociação sobre caminhos mais sustentáveis de se relacionar.
O mundo do trabalho hoje valoriza, dentre diversas competências, três muito importantes:
- facilidade de se comunicar;
- adaptação a mudanças;
- empatia e transparência na resolução de problemas complexos.
A Comunicação não violenta
A Comunicação Não Violenta (CNV), sistematizada pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, nos convida a perceber que todo comportamento é uma tentativa de satisfazer necessidades humanas universais.
E, se alguém faz algo que nos prejudica, é importante estabelecer limites e expressar o incômodo a partir de quatro recomendações:
-
separar fatos de julgamentos;
-
reconhecer as emoções desconfortáveis;
-
revelar necessidades que não estão sendo atendidas;
-
firmar um acordo que viabilize a convivência futura.
Saiba que problemas complexos não se resolvem com respostas individuais. É preciso cuidar da confiança na equipe para que todos possam expressar incômodos, sem ofensas. E, a partir daí, propor novos caminhos mais sustentáveis para todos.
Mas na prática, como podemos entender a aplicação da Comunicação Não Violenta?
Exemplo Errado!
Quando a gente usa comunicação ofensiva, dizendo, por exemplo:
“Poxa, você não tá nem aí, Andrea!”.
A mensagem que é, “preciso de colaboração”, fica obscurecida pela forma como foi dita. Nas entrelinhas, eu entendo:
“Ah, essa pessoa quer me derrubar”.
É assim que começam os conflitos!
Exemplo Certo!
Veja a diferença que é quando a gente expressa as nossas emoções, os fatos e as necessidades com clareza.
“Andrea, me sinto triste quando vejo você no celular durante as reuniões, porque eu preciso da sua atenção. Quando você participa, as reuniões ficam mais criativas, mais colaborativas. Por favor, você pode responder as mensagens em outro momento?”
Lembre-se!
A CNV tem o objetivo de fortalecer vínculos, e não rompê-los. Por isso, nas entrelinhas, é preciso estar explícito o valor das relações.
Uma escuta respeitosa requer abertura e uma vontade real de compreender o que é indispensável para todos conviverem, produzirem e inovarem juntos no cotidiano e nos processos estabelecidos de trabalho.
Convidamos você a conhecer e praticar essa abordagem em todos os momentos.
A CNV é como um músculo e precisa de exercício!
Faça o teste com curiosidade, percebendo o momento e o formato em que ela é mais eficaz.
Colaboração:
Andrea dos Santos Pereira Nunes, responsável pelo Programa de Cultura de Paz do Senac São Paulo.